19h Abertura da exposição “Quadrinhos autorais alemães”:
20h Palestra “Um olhar sobre os Quadrinhos Alemães”
21h – Sessão de autógrafos de Reisetagebuch- Uma Viagem Ilustrada pela Alemanha. O livro estará à
venda no local pelo valor promocional de R$ 50,00
Goethe – Institut Curitiba.
Rua Reinaldino S. De Quadros, 33 – Alto da Rua XV, Curitiba – PR,
A exposição fica aberta ao público até o dia 27/09.
https://www.facebook.com/GoetheCuritiba
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O Goethe-Institut Curitiba inaugura, dia 02 de setembro, às 19h, a exposição “Quadrinhos Autorais Alemães”. A mostra, que já esteve em Niterói-RJ, no Instituto Cultural Germânico, reúne obras de alguns dos melhores autores de Histórias em Quadrinhos (HQs) atualmente em atividade na Alemanha: Flix, um dos autores mais lidos em seu país, com livros que vendem mais de 25 mil exemplares, Reinhard Kleist, cujo trabalho “O Boxeador” foi uma das HQs mais elogiadas em 2013; Jens Harder, famoso pelos livros premiados livros “Alpha” e “Beta” que resume a história do universo e da humanidade. O artista Mawil, participa da exposição com páginas de “Kinderland”, livro vencedor do prêmio de melhor HQ alemã de 2014. Completam a mostra os autores ainda inéditos no Brasil: Aisha Franz, Birgit Weyhe, Isabel Kreitz, Tom Gaedke e Ulli Lust, premiada neste ano como melhor autora em língua alemã de quadrinhos.
A exposição tem curadoria do premiado quadrinista curitibano José Aguiar, autor de HQs, como Folheteen, Nada Com Coisa Alguma e Vigor Mortis Comics. Ele esteve em junho ano na Alemanha onde, com apoio do Goethe-Institut Curitiba, participou do 16º Festival Internacional de Quadrinhos de Erlangen (saiba mais aqui!), o mais importante do gênero naquele país e visitou artistas em seus estúdios.
“Esta exposição trata-se de uma oportunidade única de apreciar trechos de obras, algumas recentemente publicadas na Alemanha e outras ainda inéditas também por lá. Os alemães, assim como os brasileiros, têm uma forte tradição nos quadrinhos autorais e iniciativas como essa, só reforçam nossos laços artísticos e culturais. Ao trazer essa mostra a Curitiba reforçamos o intercâmbio cultural entre nossos países, que ainda conhecem pouco da atual produção de HQs de cada um. Se por um lado, poucos desses autores são publicados no Brasil, desde 2010 Curitiba tem conhecimento privilegido de alguns deles através d o Goethe que, em parceria com a Quadrinhofilia, já trouxe Flix, Ulli Lust, Isabel Kreist, Mawil e Jens Harder à cidade para palestrar, realizar workshops e exposições. São grandes nomes dos quadrinhos internacionais que já tem uma relação de afinidade com nossa cidade.”, declara Aguiar.
No dia da abertura, José Aguiar, fará a palestra “Um olhar sobre os Quadrinhos Alemães” sobre sua experiência recente no mercado de quadrinhos na Alemanha e sobre as obras e autores da exposição. Em seguida o artista também autografará seu livro “Reisetagebuch – Uma viagem ilustrada pela Alemanha”. A obra é um diário de viagem bilíngue português/alemão escrito e ilustrado por Aguiar que divide suas impressões sobre o povo e os lugares por onde passou, narrando suas dificuldades e descobertas durante o período em que residiu na Alemanha.
Parte 3: Erlangen, Alemanha.
Entre maio e junho de 2014, a Quadrinhofilia participou de eventos na França, Alemanha e Portugal abrindo exposição do trabalho de José Aguiar e divulgando os quadrinhos brasileiros na Europa em debates e sessões de autógrafos.
Nossa turnê se encerrou no Salão Internacional de Quadrinhos de Erlangen, na Alemanha, que aconteceu entre 19 e 22 de junho. O festival, que é o mais importante do gênero em seu país, é uma bienal realizada na pequenina cidade de Erlangen, na Baviera. Trata-se de outra cidade que cresce em função dos quadrinhos durante a realização do seu festival. Dos três eventos que visitamos, esse foi o festival de vocação comercial mais evidente e, por que não, eficiente. Era geral a declaração de autores e editores de que se trata de um mercado editorial pequeno. Se for para julgar a partir da quantidade e qualidade dos estandes presentes no evento, trata-se de um mercado extremamente organizado, que sabe aproveitar o potencial de seus artistas, pois a esmagadora maioria de autores eram de origem alemã. O que se traduz em diversidade e também em qualidade do material editado.
A Quadrinhofilia tem uma relação de proximidade com os autores alemães e com a Alemanha, principalmente com a edição e colaboração dos livros Reisetagebuch – Uma Viagem Ilustrada pela Alemanha (Ed. Quadrinhofilia) e o projeto Osmose – Brasil e Alemanha em Quadrinhos (Ed. Libretos), um intercâmbio de autores dos dois países que contou com sua coordenação editorial. Recentemente realizamos a curadoria da exposição Quadrinhos Autorias Alemães, reunindo 09 dos expoentes da geração atual dos quadrinhos alemães. Sobre esses trabalhos, José Aguiar explica:
“Há anos temos trabalhado em parceria com o Goethe-Institut, ajudando a receber autores da Alemanha em Curitiba, seja em seus eventos ou na Gibicon, a convenção internacional de quadrinhos que ajudamos a estabelecer na cidade. Agora estou reencontrando esses autores, que se tornaram amigos, visitando seus espaços de trabalho e trocando ideias. Essa é uma vivência incrível como artista. O tempo em que morei na Alemanha e realizei meu diário de viagem ilustrado foi um momento de virada na minha carreira, que me mostrou o quanto o intercâmbio cultural é importante para o desenvolvimento de um artista.”
Ao trazer essa mostra a Curitiba reforçamos o intercâmbio cultural entre nossos países, que ainda conhecem pouco da atual produção de HQs de cada um. Se por um lado, poucos desses autores são publicados no Brasil, desde 2010 Curitiba tem conhecimento privilegiado de alguns deles através do Goethe-Institut que já trouxe Flix, Ulli Lust, Isabel Kreist, Mawil e Jens Harder à cidade para palestrar, realizar workshops e exposições.
Erlangen já deixou saudades, mas em 2016 tem mais!
Agradecemos imensamente ao nosso parceiro Goethe-Institut Curitiba, e sua diretora Claudia Römmelt, que nos apoiou em nossa etapa na Alemanha! Um capítulo muito importante durante nossa jornada desbravando o mercado europeu de quadrinhos.
PARTE 2: Lyon, França
Entre maio e junho de 2014, a Quadrinhofilia participou de eventos na França, Alemanha e Portugal abrindo exposição do trabalho de José Aguiar e divulgando os quadrinhos brasileiros na Europa em debates e sessões de autógrafos.
Nossa segunda parada em nossa “turnê” foi na França, em Lyon, cidade irmã de Curitiba e capital da região Rhône-Alpes, entre os dias 13 e 15 de junho. Lá conhecemos um evento numa escala maior do que aquele que prestigiamos dias antes em Portugal. (Assista ao vídeo sobre o Festival de Beja aqui.) Assim como em Beja, a BD também se espalhava pela cidade de Lyon, tornando quase impossível conferir todas as atrações disponíveis que variavam desde exposições, feiras, concertos, debates, espetáculos teatrais e outras coisas que o tempo nos impediu de conferir em sua totalidade. Desta vez, o quadrinista José Aguiar foi o único autor brasileiro convidado do evento, a nona edição do Lyon BD, onde autografou seus livros da série Ernie Adams no Palácio do Comércio, que foi o principal centro do evento, que recebeu cerca de 180 convidados de 23 países e um público estimado em mais de 40 mil pessoas. Em sua quase uma década sediando o festival, Lyon se tornou um dos principais centros criadores da BD francesa na atualidade.
Sobre sua experiência com o mercado francês, relata José Aguiar: “Publiquei pela primeira vez na França em 2004, em parceria com o roteirista Wander Antunes. Em minha primeira viagem para lá , autografando o segundo volume da série Ernie Adams, tive a primeira oportunidade de conhecer de perto um dos maiores mercados mundiais das HQs. Uma realidade muito distante do que se vivia no Brasil daquele momento. Hoje, guardadas as proporções, nos aproximamos do modelo franco-belga, com livros lançados em livrarias, não em bancas. Mas em termos de números de títulos e vendas ainda engatinhamos. Lá existe uma crise pelo excesso de títulos, cerca de 300 livros por mês, que não ficam mais de um mês nas prateleiras por falta de espaço. No Brasil, fora alguns fenômenos, uma tiragem ainda leva até dois anos para se esgotar.”
De Lyon ficou a impressão de um evento grandioso, pensado para movimentar o mercado editorial, a comunidade, escolas regulares e de arte, museus e, especialmente, incentivar a produção local, pois Lyon e proximidades possuem um grande número de autores em atividade, como o casal Jérôme e Anne-Claire Jouvray, (autores das séries Lincoln e Jonny Jungle), que fazem parte do coletivo de artistas locais chamado “KCS Production”. Por sinal, encontrar Anne-Claire pela primeira vez após ela ter colorizado os álbuns de Ernie Adams, foi um presente a mais nesse festival que, se ainda não é um os maiores da França, caminha a passos largos para se tornar um dos mais importantes da Europa. Graças também a seu interesse não só pelo que acontece por lá, mas também na América Latina, que neste ano teve uma expressiva delegação argentina liderada por Eduardo Risso (desenhista de 100 Balas).
Deixamos aqui nossos agradecimentos à Aliança Francesa de Curitiba, Christian Dejour e Dayana Belmont, Sylvain Bureau, Mathieu Diez, Claire Guillaume, e a todos da organização do Festival de Lyon, pelo carinho com que fomos recebidos em sua cidade. Foi um grande prazer que esperamos repetir em breve.
Parte 1: Beja, Portugal.
Entre maio e junho de 2014, a Quadrinhofilia participou de eventos na França, Alemanha e Portugal abrindo exposição do trabalho de José Aguiar e divulgando os quadrinhos brasileiros na Europa em debates e sessões de autógrafos.
Nosso primeiro desembarque foi no X Festival Internacional de Beja, que iniciou em 31 de maio de 2014, onde José Aguiar autografou e debateu sobre a cena atual dos quadrinhos brasileiros ao lado dos autores André Diniz, Laudo Ferreira e Klévisson Viana. Lá ele também abriu sua primeira exposição internacional: “A Quadrinhofilia de José Aguiar”, com uma seleção de seus trabalhos mais recentes.
Se há uma palavra que defina a impressão que tivemos desse festival em particular talvez ela seja: “delicado”. Trata-se de um evento onde era muito fácil sentir o carinho dos realizadores. Em especial do seu diretor, Paulo Monteiro e sua esposa Susa.
“Eu já havia feito algumas capas para uma série da Kingpin Books, um selo que está se destacando na publicação de novos autores portugueses. Mas não tinha uma relação muito próxima com os autores de lá que, inexplicavelmente, não chegam ao Brasil. Por outro lado os portugueses conhecem muito do que é feito no Brasil. Neste ano, o diretor de Beja, Paulo Monteiro, que também é autor de quadrinhos, enfim teve o seu belo livro O Amor Infinito Que Tenho Por Você publicado no Brasil. Espero que seja o início de uma relação bilateral contínua. Mas é garantido que ano que vem a invasão brasileira vai continuar por lá. Em Beja, encontrei o festival mais informal e carinhoso que jamais imaginei existir.”- explica Aguiar.
Além da incrível experiência que foi a participação no Festival, lá tivemos a notícia que em breve estaremos publicando nossa primeira HQ em terras portuguesas, aguardem as novidades em breve!
Agradecemos ao Paulo Monteiro, pelo convite e por tamanha hospitalidade! Nossos agradecimentos especiais à Jana e ao Gustavo, que nos acolheram com muito carinho!
Para saber um pouco mais sobre o festival, assista ao nosso vídeo!
Minha experiência pessoal me diz que há muita mudanças, não só física, psicológicas e financeiras que vêm junto com a experiência de ter um filho. Isso vai além. Acho que nossa forma de vivenciar experiências artísticas também mudam. Nesta primeira postagem, quero fazer uma pequena retrospectiva de um dos primeiros trabalhos que realizei depois da experiência de ser mãe: o projeto “Partejar”.
O projeto foi concebido em 2011, juntamente com outras duas mães: Bruna Ruano e Luciana Navarro.
Com a proximidade do segundo aniversário de nossos pequenos, acredito que estávamos vivendo o término de um primeiro ciclo, período em que compartilhamos experiências desde a gestação, parto e criação de nossos bebês. Estávamos à flor da pele com nossos relatos e indignações de como esse processo, principalmente o do parto, tornou-se tão mecanizado e afastado de seus protagonistas: mães, pais e bebês.
Assista ao video que resume o projeto!